segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

CARGA TRIBUTÁRIA REPRESENTA MAIS DE 83% DO PREÇO DOS VINHOS.

Recebi esse e-mail e achei interessante divulgar, vejam só o quanto estamos pagando o vinho aqui; além dos importados vale lembrar que a produção de vinho aqui no Brasil recebe uma carga tributária monstruosa e desproporcional quando comparada a de outros países produtores. 

Além disso aqui no Brasil em geral e no Ceará, para ser mais específicos, existem alguns pseudo-políticos, que, para fazer média com uma parcela desavisada da população, se erguem a defensores da elevada carga tributária que castiga o vinho, alegando temer um aumento do consumo e conseqüentes problemas ligados ao alcoolismo, caso a carga baixasse. 

Esquecem de falar, tais senhores, que no Ceará, a cachaça, recebe tratamento fiscal muito mais "camarada" que o vinho, com regalias que o pobre fermentado nem sonha, aí cabe a pergunta, com a cachaça o problema do alcoolismo como fica, senhores?

Ou será que a lobby de certas destilarias aqui no Estado fala mais alto?

Seria oportuno que alguém cobrasse transparência em casos assim e contasse a história até o fim, e não somente a parte que lhes convém.




Nos EUA, o premiado Syrah vale 55 dólares. No Brasil, pode custar cerca de 280 reais.
São Paulo - Quem viaja para o exterior sabe bem que comprar vinho nos Estados Unidos, na Europa ou mesmo em países vizinhos do Brasil pode ser bastante vantajoso. Preços acessíveis e rótulos de qualidade lotam gôndolas, seja em pequenos armazéns ou grandes supermercados. Ao retornar para casa, é sempre a mesma decepção. O mesmo rótulo que no exterior era uma barganha sai no país por uma pequena fortuna.
Há anos, o consumo de vinhos finos está estagnado no Brasil, sem conseguir ultrapassar a insignificante marca de dois litros per capita por ano. De acordo com Júlio Fante, presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), 70% correspondem ao consumo de vinhos populares.
Comparando com países vizinhos, a quantidade consumida em todo o Brasil é pífia. No Paraguai, país sem qualquer tradição no setor vitivinícola e terra do mate, o consumo é de quase 5 litros por ano. Até mesmo no Vaticano se consome mais vinho que o Brasil. Lá, aproximadamente 66 litros da bebida de Baco passam pelo gargalo das garrafas em direção às taças do alto clero.
Um peso no orçamento dos brasileiros, vinhos importados encaram duras barreiras tributárias para passar pela fiscalização dos portos até que, por fim, consigam entrar em território nacional. Os altíssimos impostos pagos pelos rótulos associados à falta de conhecimento dos brasileiros sobre a bebida, por ainda considerarem capricho de elite ou de difícil paladar, impactam negativamente no consumo da bebida no Brasil e complicam a expansão.
Para se ter uma ideia, de acordo com números do Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária (IBPT), a carga tributária total que incide sobre o preço de uma garrafa, produzida fora do Brasil e da zona de influência do Mercosul, é responsável por 83,4% do preço pago pelo consumidor final. Por incrível que pareça, o peso dos impostos nos importados é muito maior do que o que incide em armas de fogo, por exemplo, cuja carga tributária gira em torno dos 65% de seu valor final.
“Enquanto na Espanha o vinho é considerado complemento alimentar, no Brasil ele sofre tratamento tão duro quanto de armas”, lamenta Ciro Lilla, proprietário de uma das maiores importadoras do país, a Mistral, e considerado uma das pessoas mais influentes do mercado do vinho no Brasil.








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