O tempo passou e foram os romanos que começaram a dominar a técnica de produção do vidro ao ponto de produzir algumas rudimentares garrafas que, já naquela época, se destinavam ao armazenamento dos mais variados líquidos, embora, no caso do vinho, era comum a utilização de jarra de barro, tanto para o transporte como para o serviço.
Garrafas da época do fim do Império Romano séc. II a IV d.C.
Ao longo dos sucessivos séculos a garrafa de vidro passa por uma evolução do ponto de vista do design, mas ainda não é utilizada para o armazenamento do vinho, apenas para o serviço à mesa das famílias mais abastadas, pois o vidro é artigo de luxo, muito caro, apenas os melhores perfumes são armazenados nele.
A manipulação do vidro se desenvolve de forma industrial na Inglaterra, onde cresce e prolifera.
Um acontecimento importante em nossa historia se dá no ano de 1615, quando o Almirante inglês, Sir Robert Mansell, manifesta para o Rei da Inglaterra, sua preocupação para o fato que grande parte da madeira extraída era utilizada para alimentar as fornalhas da industria de vidro da época, causando falta da preciosa matéria prima para a industria naval britânica, necessitada de cada vez mais navios para suprir as incumbências comerciais e militares do Império que estava crescendo constantemente.
Sensibilizado com esse assunto o Rei da Inglaterra, baixa um decreto que obriga a industria do vidro a utilizar o carvão como única forma de alimentar seus fornos, dando sem querer o grande empurrão histórico para o nascimento da Revolução Industrial.
A partir da evolução industrial do vidro, em poucos anos os ingleses conseguem desenvolver uma garrafa de cor escura, em condições de resistir a uma vedação com rolha, de pescoço alongado e bojuda; estamos ainda bem longe da utilização assim como é hoje, mas, pela primeira vez, temos uma embalagem própria, identificada com o vinho, embora a maioria dos governos ainda proibissem o transporte de vinho acondicionado em garrafa.
Garrafa de vinho realizada em vidro verde - Inglaterra 1613.
No fim do seculo XIX, a técnica de produção manual é substituída pela mecânica, levando a um ulterior crescimento e divulgação do vidro como melhor meio de guardar e transportar o vinho, até os nossos dias, quando surge a importância do uso de garrafas mais leves, de acordo com a tendencia ecológica de não onerar a atmosfera terrestre com produção excessivas de poluentes, que se fazem necessários para produzir, e transportar, garrafas mais pesadas, geralmente usadas para armazenar vinhos mais caros.
FORMATOS CLÁSSICOS DE GARRAFAS
Diferentes tipos de garrafs, da esq. Bordalesa, Renana, Borgonhesa, Champagne
BORGONHESA. Originaria da região de Borgonha, na França, essa garrafa tem pescoço gradual, geralmente de cor escura, utilizada no mundo todo, sobretudo para os vinhos feitos a partir de Pinot Noir, Chardonnay e, as vezes, Syrah.
RENANA. Originaria da vale do rio Reno, na Alemanha, é de design delgado e alto, geralmente utilizada apenas para vinho branco, a semelhança dela existe a garrafa ALSACIANA, desenvolvida para os vinhos da homônima região francesa, um pouco mais delgada e cumprida que a Renana.
CHAMPAGNE. Tipica garrafa da região que inventou o espumante, é parecida com a BORGONHESA, porém um pouco mais bojuda e alta que essa ultima, o peso dela é maior, bem como a espessura do vidro, pois precisa resistir a pressão exercida pelo gás carbônico ao seu interior.
CAPACIDADE DAS GARRAFAS.
Existem garrafa de vinho de vários formatos, as mais famosas são:
1/2 GARRAFA. 375ml
GARRAFA PADRÃO. 750ml
MAGNUM. 1,5 litros
JEROBOAM. 3 litros
RÉHOBOAM. 4,5 litros
MATUSALEM. 6 litros
SALMANAZAR. 9 litros
BALTAZAR. 12 litros
NABUCODONOSOR. 15 litros
SOLOMON. 18 litros
Existe algum(s) tipo(s) de garrafa(s) utilizada(s) especificamente na Irlanda? Se sim, qual(is) foi(ram) largamente usada(s) para o hidromel?
ResponderExcluirqual a base do texto ?
ResponderExcluirOlá Priscilla, a base do texto são pesquisas e estudos desenvolvidos ao longo de meu trabalho, entre internet, livros etc.
ExcluirObrigado pelo comentário.