domingo, 6 de maio de 2012

JANTAR HARMONIZADO COM PROSECCO BISOL

Na última Sexta feira pudemos conferir a qualidade dos Prosecco da Bisol, em jantar harmonizado oferecido pelo responsável pela America Latina da vinicola, o italo - argentino Roberto Actis, com a presença de sua assistente Priscila.
A Bisol é uma histórica vinícola situada no coração da região clássica do Prosecco, entre as vilas de Conegliano e Valdobbiadene, onde se ergue a colina de Cartizze, que dá nome a um dos vinhos de ponta da Bisol, além de ser sinônimo de alta qualidade em Prosecco. Em um território onde as propriedade são muito pequenas, com tamanho médio de pouco superior a 1 hectare, a família Bisol se destaca pelo cuidado que mantem na elaboração de seus espumantes, a partir de uvas colhidas nos vinhedos da propriedade, até a comercialização do vinho pelo mundo afora.
O jantar se realizou no terraço do primeiro andar do restaurante Coco Bambu Frutos do Mar, numa agradabilíssima noite refrescada pela brisa do Atlântico, distante poucos passos dali.


Inicialmente eram previstos três vinhos para acompanhar os pratos, mas o Prosecco Bel Star, que estava escalado para harmonizar com o couvert de camarões marinados e legumes, resultou oxidado, por algum problema que ocorreu na viagem, o jeito foi substitui-lo por um Salis, Prosecco da D.O.C.G. Valdobbiadene, um Dry, meio seco, bem leve e refrescante que deu conta do recado e acompanhou muito bem a entrada.

O segundo vinho da noite foi o Crede, obtido pelo método Charmat, como todos os Prosecco, onde a uva Glera, emblemática desta região, foi acompanhada com 10% de Pinot Bianco e 5% de Verdiso, num corte autorizado pelo disciplinar da D.O.C.G.
Um vinho importante para harmonizar as duas opções de prato principal, o Camarão Internacional, gratinado e  acompanhado de arroz branco cremoso, ou o Peixe Menieure, grelhado com azeite, alho e ervas frescas.
Os vinhos demonstraram-se perfeitamente adequados aos pratos e os convidados puderam comprovar como um espumante pode ser um excelente companheiro para a refeição inteira e não apenas um momento de brinde, uma tese que defendo faz muito tempo.



terça-feira, 1 de maio de 2012

NOTAS DE DEGUSTAÇÃO - FIANO DI AVELLINO



FIANO DI AVELLINO DOCG 2010 12,5%
Mastroberardino

Visual - Amarelo palha, reflexos dourados, media intensidade, limpo, sem defeitos.

Olfato - Flores brancas e amarelas, frescas mas sobretudo secas, toques de frutas frescas a polpa amarela, como pêssego, melão, mas sem muita intensidade de nenhuma dessas matizes aromáticas, o aroma se funde numa interessante mescla em que temos um bom equilíbrio entre as varias tipologias de aroma, por fim algum toque mineral, de pedra.

Gustativo - Na boca e' seco, de bom corpo, mineral na justa proporção, bem balanceado, possui uma acidez refrescante, embora esta não seja sua característica principal. Novamente a mineralidade da o tom do vinho, os toques sapidos pedem um bom acompanhamento gastronômico, que varia desde as entradas de peixes e frutos do mar ate' sopas de peixes e cozidos, menos encorpado que o Greco di Tufo, revela certo parentesco com este outro vinho, pelo fato de ambos dividirem a mesma região, a Irpinia, na província de Avellino, nos montes Apeninos entre a costa Tirrenica (Campânia) e a costa Adriática (Puglia); o Fiano e' mais versátil, equilibrado, de corpo médio e boa persistência. Um bom começo para quem quer se familiarizar com os brancos desta região da Itália.

NOTAS DE DEGUSTAÇÃO - PELAVERGA DI VERDUNO



VERDUNO PELAVERGA DOC 2010 13%
Terre di Barolo

Vinho tinto muito raro, cujo nome deriva a vila onde é produzido, Verduno, na região de Langhe no Piemonte, bem diferente, leve não passa por afinamento em madeira, interessante, de cor clara e aroma peculiar.

Visual - Cor rubi muito clara,lembra um clarete, reflexos entre o granado e o cerasuolo, límpido, quase brilhante, de pouca intensidade.

Olfato - Aparecem as flores secas e toques de fruta não madura, lembra um aroma de ervas, folhas e algo de terra molhada, mas muito peculiar, de media intensidade, agradável e de persistência media.

Gustativo - Macio, seco, taninos leves e aveludados, caráter gastronômico, ideal para acompanhar entradas de frios e queijos, carnes brancas ou rosadas, massas e risotos, bem equilibrado na boca, não apresenta fruta em demasia, logo não cansa e ao mesmo tempo não trava, devido a seus taninos leves e macios, de media persistência, um vinho de características peculiares, leve mas de personalidade.

BODEGAS EMILIO MORO




A Emilio Moro importante bodega da Ribera Del Duero, pertence à mesma família que está agora na terceira geração, possui 200 hectares de vinhedos dentro da D.O. Ribera del Duero, na cidade de Pesquera Del Duero, com clones próprios evidenciados e selecionados ao longo dos anos.
A Bodega conta ainda com mais 300 hectares monitorados pelos enólogos da família e cultivados por parceiros.
Em 98 resolveram fugir das restrições que as Denominações de Origem impunham, levantando bastante polemica na Espanha, para dar mais personalidade aos seus vinhos, buscando desenvolver um estilo próprio pela qualidade e tipicidade dos clones que a própria Emilio Moro desenvolveu em anos de seleção natural.

Condução de vinhedo "EN VASO"

Muito utilizado por aqui é o sistema típico espanhol, denominado "en vaso", com videiras de mais de 70/80 anos, castigadas pela amplitude térmicas, de baixa produtividade, que dão uvas de excelente qualidade. 

Podemos distinguir dois tipos de solo que caracterizam os vinhos da Emilio Moro, o solo argiloso, que dá poder e intensidade ao vinho
e o solo calcáreo que produz vinhos elegantes e complexos.

CEPA 21 nasce em 2000, e' uma bodega que surgiu a partir de um projeto desenvolvido com o intuito de fazer vinhos mais frutados e com menos influencia da madeira. Nos Vinhedos predomina a condução em espaldeira.

NOTAS DE DEGUSTAÇÃO:

FINCA RESALSO 2009
450.000 gfs/ano

Cor rubi com reflexos granados.

Aroma de frutas vermelhas, cerejas, amoras, toques DE baunilha, leve tostado.

Na boca ataque suave, de médio corpo, taninos macios e aveludados, enxuto, acidez não muito elevada, equilibrada e agradável, fácil de beber, excelente para massas e frios ou carnes leves.

HITO 2008 (Cepa 21) 350.000 gfs/ano

Tinto rubi com reflexos granada típico da Tempranillo, intenso e límpido, sem defeitos.

Aroma de frutas mais maduras, os toques de baunilhas e madeiras não se percebem, apesar do afinamento de 8 meses em carvalho, a fruta e' exuberante, aparecem no final toques de chocolate.

Na boca muito frutado, a acidez e' balanceada com algum toque mineral, taninos doces e macios, boa persistência, fácil de beber.

EMILIO MORO 2006 14%

Tinto rubi intenso reflexos granados, límpido s defeitos, lagrimas descem lentas e preguiçosas, demonstrando bom teor alcoólico.

Aromas intensos, penetrantes de cassis, frutas maduras, notas balsâmicas, leve tostado, especiarias, persistente.

Na boca aparecem os taninos enxutos, macios porém presentes, bom corpo, acidez já decaindo, potencial de guarda de dois ou três anos, embora este Tempranillo se encontre já no seu apogeu e pronto para beber. Longa persistência gustativa, harmonização com carnes importantes, Carneiro e carnes ao molho.

CEPA 21 2006

Cor vermelho rubi de boa intensidade, reflexos granados, lagrimas preguiçosas e lentas.

Aroma de frutas pretas maduras, lembrando amoras, toque de baunilha leve, especiarias, a combinação de barricas francesas e americanas que foram utilizadas no afinamento deste vinho contribuíram para formar um bouquet amplo e harmônico.

Na boca ataque suave, mas de bom corpo, a acidez e' presente e refrescante, os taninos enxutos e aveludados, longo e persistente, um excelente vinho, para pratos importantes.

MALLEOLUS 2006

Cor vermelho rubi intenso e reflexos granado, lagrimas lentas, límpido sem defeitos.

Aroma de frutas pretas maduras, com terciários, café e especiarias, algo de mineral, bem amalgamado, equilibrado e de bouquet amplo, riqueza aromática de vinho de grande classe.

Na boca vinho importante, taninos macios, toques sápidos a realçar a mineralidade do vinho, vinho em seu apogeu, pode envelhecer mais alguns anos, 3/4 no máximo, harmonizar com pratos importantes, como carne guisada e pratos saborosos e especiados. Longo e persistente.
Em minha opinião o vinho da noite.