quinta-feira, 23 de agosto de 2012

TREINAMENTO EM VINHOS PORTUGUESES POR RUI FALCÃO - PORTALSABORES

Vejam esta oportunidade para ampliar seus conhecimentos vinicos, o treinamento sobre os vinhos de Portugal ministrado pelo Rui Falcão e´de primeira linha, de importância vital, diria, para os profissionais do ramo, o melhor de tudo é que se trata de uma oportunidade totalmente gratuita, onde para concorrer precisa apenas seguir o passo a passo do concurso, assim como explica a Izakeline no Portal Sabores.
Sugiro que não fique fora dessa. veja mais no link.

http://www.portalsabores.com.br/beber/Ler/Vinhos_de_Portugal_em_foco

terça-feira, 21 de agosto de 2012

VITICULTURA BIODINAMICA NA SERRA CATARINENSE

No blog de Ulf Karlholm o apreciador do vinho orgânico e biodinâmico pode encontrar vasta literatura sobre tão fascinante assunto, como esta entrevista ao amigo e meu professor Jefferson Sancineto Nunes, sobre as experiencias biodinâmicas nos vinhedos da Santa Augusta em Videira, na Serra Catarinense, vale a pena conferir a entrevista completa no link.

http://biovinho.blogspot.com.br/2012/05/entrevista-com-jefferson-sancineto.html

NOTAS DE DEGUSTAÇÃO: CASA VALDUGA IDENTIDADE ARINARNOA 2006

CASA VALDUGA IDENTIDADE ARINARNOA 2006

Região: Serra do Sudeste - Encruzilhada do Sul - Brasil
Produtor: Casa Valduga
Composição: 100% Arinarnoa (cruzamento entre Merlot e Petit Verdot)
Safra: 2006
Estagio: 6 meses de barrica francesa, 12 meses de garrafeira.
Teor Alcoólico: 13,9%


Visual: Cor rubi intenso, com reflexos granado, sem sinal de envelhecimento; o vinho se apresenta sem defeitos visivos, com uma tonalidade de cor bem viva e intensa, as lagrimas lentas denotam o teor alcoólico bastante elevado.

Olfativo: A fruta preta madura e intensa, sobretudo ameixa seca, com toques sutilmente alicorados, nos surpreendem pela intensidade marcante num claro sinal de evolução; eventuais arestas vegetais, presentes neste vinho quando degustei há cerca de dois anos, desapareceram completamente ao longo do estagio em minha adega, alguma nota varietal característica que lembra o vegetal, hoje se funde em harmonia com as frutas que dão exuberância ao aroma deste vinho.
Passado o primeiro impacto se percebem facilmente os aromas terciários, com destaque para as especiarias, sobretudo a pimenta do reino, o chocolate e um tostado elegante (notas oriundas da passagem em carvalho que evoluíram com os anos de envelhecimento na garrafa).
Persistência aromática muito boa.

Gustativo: A palavra é personalidade, taninos marcantes, outrora rústicos, hoje se tornaram envolventes e agradáveis, o vinho continua tânico, mas adquiriu elegância e volume de boca bem mais redondo; pede uma boa carne, suculenta, encara os cozidos gordurosos, onde o tanino potente limpa com eficacia a boca e predispõe para a próxima garfada.
Prova de fogo dos tintos produzidos pela Casa Valduga é a presença eventual de um leve amargor no final, nada de grave, mas numa avaliação escrupulosa, transforma um grande vinho num vinho razoavelmente bom; estava preocupado que esta ultima situação pudesse ocorrer com o Arinarnoa, fiquei muito satisfeito ao ver que, pelo contrario, o vinho com a evolução ganhou certa suavidade e uma suculência difícil de prever dois anos atrás; acidez obviamente ao minimo sindical (2006!) e excelente persistência.

Conclusões: Este vinho, primeira safra a ser lançada do Identidade Arinarnoa, nasceu como um interessante experimento, marcado por uma tanicidade rustica, provavelmente emprestada pela componente tânica do Petit Verdot presente no DNA do varietal, esse fato sempre limitou o numero de seus apreciadores àqueles enófilos dotados de "garganta forte", ficando evidente desde o começo o potencial de melhoramento, uma vez domada a rispidez de seu tanino.
Posso afirmar hoje, diante da evolução extremamente positiva pelo qual o Arinarnoa passou, que aquela rusticidade se transformou em elegância, estamos diante de um vinho que cresceu, e muito, com o envelhecimento, deixando favoráveis impressões na degustação e representando grata surpresa para quem teve a paciência de guardá-lo durante mais de dois anos.

LIMPEZA DAS TAÇAS

No site do Luciano Teixeira, sommelier, encontrei um vídeo dele falando sobre a limpeza das taças.
Assunto importante e muitas vezes pouco explorado nos cursos e treinamentos de vinhos, além de ser falha recorrente em vários restaurantes.
Vale lembrar que a limpeza das taças é um dos fatores principais que influem na qualidade do perlage dos espumantes, se algum profissional já teve que sofrer reclamações de espumante com perlage fraco, parecendo que nem cerveja "choca" sabe do que estou falando, o pior é ter que trocar a garrafa, em perfeitas condições, apenas por causa de uma limpeza mal executada.
Confiram no vídeo as dicas.

http://www.vinhonanet.com.br/pagina.asp?id=207&pagina=limpeza-das-tacas


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

PRAZERES DA MESA AO VIVO FORTALEZA - Degustação do Editor

Antes de falar propriamente da degustação comandada pelo Ricardo Castilho no Senac de Fortaleza gostaria de ressaltar o grande sucesso em que o evento se transformou ao longo deste três anos, participo desde o primeiro que, em 2010, reuniu os profissionais da enogastronomia para debater as raízes da culinária cearense.
As instalações do Senac se tornaram pequenas para abrigar uma manifestação que já não pertence só a Fortaleza, mas foi abraçada por profissionais e apaixonados pelo tema de todo lugar do Ceará e dos Estados vizinhos, grupos formaram caravanas e vieram participar do Prazeres da Mesa ao Vivo Fortaleza, dando uma afluência de publico impressionante, bem controlada pela organização praticamente impecável dos profissionais do Senac.
Inevitável questionar-se como será o próximo ano, já que é fácil prever um ulterior aumento de publico, as instalações e a ambientação do Senac ficariam pequenas para tantas pessoas; veremos o que os organizadores decidirão.

Vamos então falar da degustação, desta vez se tratou de espumantes, 5 vinhos de varias procedências que foram provados ontem a tarde, tivemos o Casillero del Diablo, produzido pelo método Charmat, 100% Chardonnay do vale de Limari, em seguida o Salton Evidence, Champenoise brasileiro com 70% Chardonnay e 30% Pinot Noir, terceiro vinho foi o Casa Valduga Gran Reserva Nature 2006, penúltimo foi o Cava Argent Reserva Brut Gramona, 100% Chardonnay e para fechar o Ferrari Maximum Trento DOC, 100% Chardonnay.

Todos foram considerados ótimos vinhos, mineral e refrescante o Casillero del Diablo mostrou que os chilenos também podem fazer ótimos espumantes, apesar de nunca ter se especializado na produção; naquele país a tradição é claramente para o vinho tinto, embora nos últimos cinco anos descobriram excelentes terroir para uvas brancas e, mais raramente, se engajaram na produção de espumantes.

O Salton Evidence chega para mostrar que a gigante de Tuiuti não vive somente de Charmat de grande volume, a vinicola preparou um Champenoise com o clássico blend de Chardonnay e Pinot Noir, de acidez bastante refrescante, leve e muito bem feito.

Ao degustar este Casa Valduga Gran Reserva Nature 2006, com 60 meses de segunda fermentação, se compreende perfeitamente o motivo do elevado conceito que os espumantes brasileiros gozam na critica internacional. Não se trata de um produto fácil, o apreciador de Prosecco o de espumante Charmat bem leve vai estranhar a cor dourado intenso, no nariz não vai reconhecer as notas oxidativas de casca de pão, torrefação e frutas secas, intensas e persistentes; ao por o vinho na boca a acidez já não tão vibrante, mas ainda assim presente, deixa o lugar a uma cremosidade marcante, um volume de boca impressionante que permanece por longo tempo após engolir o vinho; em suma um espumante digno de enfrentar de cabeça erguida qualquer outro produto de procedência bem mais consagrada.

O Cava foi muito bom, realmente espetacular, cítrico e muito mineral, em linha com as principais características destes vinhos; mas não entusiasmou a plateia tanto quanto o Nature, provavelmente a expectativa não foi frustrada, mas a relação custo - beneficio deve ter pesado na hora de avaliar o ótimo, porém caro, representante da Catalunya; na contagem final foi escalado na terceira colocação com quatro preferencias.

Gran Finale para excelente degustação; o Ferrari Maximum Trento DOC foi realmente um grande vinho, de cor dourada, apresentando notas complexas de oxidação, parecidas com as do Nature, menos intenso que o brasileiro mas um pouco mais "limpo" de aroma; na boca muita cremosidade, seco, acidez bem viva  e refrescante, foi exatamente aqui que, a meu ver, marcou algum ponto a frente do Casa Valduga, no visual e no olfativo ambos os espumantes estavam no mesmo patamar de qualidade, mas na boca o brasileiro apresentou uma acidez menos vibrante, fator que o fez perder alguns pontos em favor do italiano que logrou assim o primeiro lugar com 12 preferencias enquanto o Casa Valduga ficou com 9.

Castilho ressaltou o fato que o espumante brasileiro não ficou devendo em qualidade, fez bonito e, mesmo perdendo pelo Ferrari, conquistou a admiração dos participantes, esperamos que isso possa contribuir para derrubar o mito que ainda permeia em Fortaleza de que vinho bom tem que ser importado (sic!).

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

CURSO SOBRE TEMAS FUNDAMENTAIS DO VINHO

Em breve em Fortaleza vai acontecer um curso sobre temas fundamentais do vinho, com duração de 1 mês, dividido em 5 etapas.


O curso será realizado no Empório Delitalia e ministrado por diretores da própria ABS - CE, vejam mais informações no folder.