quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

PROSECCO "RIVE" - Uma denominação para marcar a diferença

Diferença e distancia cada vez maior daquele produto cuja imagem está um pouco desgastada por aqui, graças a enxurrada de vinho de qualidade mediana que no recente passado inundou as prateleiras de todo Brasil.


A denominação "RIVE" tem sua origem no dialeto "Trevisano"; quando o camponês fala "vado sulla riva" significa que vai subir os íngremes morros da Marca Trevigiana, região que compreende os 12 municípios e 31 localidades onde o Prosecco se cultiva subindo e descendo morros que não permitem a mecanização e obrigam o homem a dedicar, no minimo, 700 horas/ano de duro trabalho por cada hectare cultivado, em contraposição as 130 horas necessárias, por exemplo, ao colega viticultor que trabalha nas regiões planas logo abaixo.

A nova denominação que poderá ser utilizadas nas garrafas de Prosecco Superiore de Conegliano Valdobbiadene DOCG, prevê regras bastante severas em seu disciplinar; antes de tudo a produção não pode superar as 13 toneladas por hectares (mesmo limite da região de Champagne), a safra deve constar no rotulo e as uvas só podem ser produzidas numa unica colina, "Riva", no caso.

Tudo em linha com o novo caminho escolhido para o Prosecco, que começou com a adoção do nome histórico Glera para sua uva emblemática e que agora aposta na afirmação da própria identidade cultural através da valorização de seu território e de sua tipicidade para alcançar o reconhecimento que o árduo trabalho dos produtores desta região, sem duvida, merece.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

IDENTIFICADO O (IR)RESPONSÁVEL QUE DESPEJOU 60.000 LITROS DE BRUNELLO DE MONTALCINO NO ESGOTO

Os jornais italianos trazem a noticia segundo a qual foi identificado o homem que, na noite entre os dias 2 e 3 de Dezembro, entrou na adega da vinícola "Case Basse" em Montalcino e despejou no esgoto mais de 600 hectolitros de Brunello di Montalcino, TODA a produção das safras de 2007 a 2012, causando um prejuízo estimável entorno de 2,5 milhões de Euro (R$ 6,5 milhões aprox.).
Apos ter procurando nos ambientes do crime organizado, mafia e camorra, o P.M. (Publico Ministério, o magistrado que na Itália dirige as investigações criminais) Aldo Natalini, auxiliado pelos militares do Comando Carabinieri de Siena, acabou identificando o responsável num ex funcionário da vinícola que agiu por "vendetta" contra o antigo patrão, por este ter preferido outro funcionário na hora de oferecer moradia num apartamento de propriedade da vinícola.
Segundo cálculos mais aprofundado, na verdade, o prejuízo de 2,5 milhões de Euro somente diz respeito ao valor do vinho estocado nos barris que tiveram as torneiras abertas pelo ex funcionário; se tomarmos por base que o conteúdo das botti poderia encher mais de 83 mil garrafas de 750 ml, que a Case Basse vende a 130 Euro cada, chegamos a um valor perto de 10 milhões de Euro!!! Praticamente 26 milhões de Reais, ao cambio atual.
Alem de um prejuízo para a vinícola e para os enófilos de todo mundo, um ato de vandalismo e de profundo desrespeito com o trabalho da natureza e o esforço do ser humano!

NA TOSCANA A PRIMEIRA VINICOLA OFF - GRID, SEM REDE ELETRICA E MOVIDA A ENERGIA VERDE

Nas colinas da província de Siena, em plena região de produção dos vinhos Rosso e Nobile di Montepulciano, há um ano que a Azienda Agricola Salcheto apostou num projeto revolucionário de autonomia da rede elétrica, provendo a 100% de suas necessidades energéticas por meio de energia verde, através da exploração dos recursos naturais de energia limpa, como o fotovoltaico, por exemplo, ou a reciclagem das biomassas produzidas na própria vinícola: restos de podas, arbustos, folhas e outros materiais de origem natural.
Na verdade o mais difícil e dispendioso, segundo Michele Manelli, proprietário da vinícola,  foi adaptar as instalações para funcionar com o máximo de economia de energia, por isso foram utilizadas tubulações especiais de coleta da energia solar para iluminar o interior do edifício, jardim que se desenvolvem na vertical e engenhosos métodos de aproveitamento das frescas brisas noturnas para amenizar o calor no verão.
Com a parceria de universidades e o apoio das instituições foi possível realizar o projeto da vinícola  totalmente eco-sustentável, com total integração ao meio ambiente agrícola e territorial, além de representar um "edifício ecológico" de 3.400 metros quadrados, pensado para o conforto e a segurança dos profissionais que atuam nas varias etapas da vinificação do Sangiovese.
Um investimento de mais de 350.000 Euros (aprox. R$ 900.000,00) que vai possibilitar, segundo as estimativas de Manelli, uma economia de 46.000 Euro/ano em contas de luz.
Um projeto inovador, no total respeito ao meio ambiente, que faz da Azienda Agricola Salcheto a primeira vinícola off - grid, um exemplo que pode ser seguido.

Para saber mais acesse o link da matéria completa em italiano.

http://www.lastampa.it/2012/12/18/scienza/ambiente/ha-un-anno-la-prima-cantina-off-grid-senza-rete-elettrica-e-con-energia-verde-0n976RuynU8Wr7gRaGXQNO/pagina.html